A primeira vez que eu ouvi uma música deles foi pela minha gêmea (a esclarecer: não, não tenho uma gêmea de sangue, mas sim de coração (duas, na verdade, mas enfim)). Era Somewhere, e estava num vídeo do OTP dela, então acabou me passando. Curti bastante a música - principalmente pela melodia tão agradável ao meu gosto e aquela voz angelical. Mas, por preguiça, desligamento, idk, acabei não procurando mais sobre a banda. Alguns meses depois, o QG me indicou - na verdade, praticamente ordenou "Você tem que ouvir Within Temptation. Você vai gostar" Não me arrependo nem um pouco de ter seguido esse conselho.
Não só porque, como comentei, as músicas me encantaram de cara. WT se tornou uma companheira frequente dos meus surtos de inspiração e trilhas sonoras. Uma vez, até disse que playlists de histórias minhas sem WT era incompleta - e é. Tanto que, nas três que tem (CA, H&D e Moonlight), ela entra, mesmo que só por me ajudar a desenvolver plot. Inclusive, em CA, ela tem o maior número de músicas se somar as playlists de todos os livros (seguida de perto e às vezes desbancada por Skillet (dá pra considerar empate técnico?)) Não contente, duas músicas dela também me tocam pelo ponto pessoal - e algumas outras mais se considerar versos soltos.
Por que estou falando isso, enquanto meus fones ressoam pela milésima vez o álbum Heart of Everything? Porque, há exatamente uma semana, eu estava aguardando o show deles começar. Pulando de nervoso, com uma prova pra fazer na manhã seguinte, com medo de ter um infarto, mas estava.
Comentário geral sobre esse momento do "antes":
Eu tava nervosa demais mesmo. É sempre assim quando algo que quero muito está prestes a acontecer. Eu acho que é um sonho e vou acordar, começo a contabilizar as chances de morrer antes, as chances de dar errado, enfim. E eu realmente estava pulando para me manter com alguma ação e assim me distrair. E, bem, realmente ainda considerava muito a parte de "acordar e não ser real" Vai saber? Essa banda é boa demais pra ser real.
Sim, eu tinha uma prova. De vestibular. Discursiva. A data saiu depois que eu tinha comprado o ingresso, fazer o quê? E, truth be told, mesmo que tivesse saído antes, fod*-se. É Within Temptation. Minha chance de estar perto deles (de comprovar se são reais). Não perdia isso por nada (talvez nem pelo ENEM, sendo sincera)
Considerando isso tudo, óbvio que eu tava com medo do surto de feels ser demais e eu (no mínimo) desmaiar. Ah, também fiquei com medo da minha voz sumir/travar/ferrar em alguma parte do show - quem já ouviu pelo menos uma música de WT sabe que não é nada fácil acompanhar a Sharon.
E então.... A música que tinham colocado pra
E uma das melhores noites da minha vida - e a melhor desse ano - tinha acabado de começar.
Sim, eles são reais. E são tão épicos e incríveis quanto sempre me pareceram. Mais, até. Bem mais. Não, não desmaiei, nem infartei, e minha voz aguentou perfeitamente até o final. Como? Não sei explicar. Ou talvez eu saiba: Porque, naquela noite, eu me senti viva como há muito eu não me sentia.
Como eu disse no último post, esse ano foi horrível pra mim. De verdade. Ele me destruiu em todas as chances que teve. Me tornei uma pessoa tensa, medrosa e facilmente depressiva/apática. Até mesmo a escrita e meus amigos não conseguiam me tirar totalmente disso (não que eu esteja os diminuindo. sem eles, eu não teria a mínima chance de me manter até aqui) Mas, esse show... Ele teve algo de muito mágico. Pois, no primeiro acorde, eu senti aquilo de novo, aquela sensação incrível que eu não sentia há tanto tempo. Eu estava viva. Tinha energia pulsando dentro de mim, me movendo, me fazendo agir. Algo pelo qual valia a pena cada respiração.
Confesso uma coisa: Ao contrário do que estimava, eu não chorei. Em alguns momentos, uma lágrima até ameaçou escapar, mas não saiu. Eu chorei mesmo foi na manhã seguinte, quando ouvi pela primeira vez depois do show uma música deles. Ah, outra confissão: Na manhã seguinte, assim que acordei, a primeira coisa que fiz foi pegar o celular e conferir as fotos. Ficaram bem ruins, a câmera não é tão boa, mas serviram para o que eu queria: Era real. Não tinha sido um sonho. Era. real. E até hoje o papel de parede do celular é uma dessas fotos, para eu não me esquecer disso.
Btw, a boa aura retratada não muito acima sumiu em três ou quatro dias - 2014 realmente vai ficar pra história. Mas eu vou recuperá-la. Eu prometi que não me esqueceria dela tão fácil enquanto cantava
